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Diferenças entre trabalhar no Brasil e na Holanda

Neste artigo, vamos comparar e analisar as diferenças culturas de trabalho da Holanda e do Brasil para entender suas diferenças e semelhanças.

As culturas de trabalho variam significativamente de país para país, e os Países Baixos (Holanda) e o Brasil não são exceções. Estes dois países têm abordagens diferentes para o equilíbrio trabalho e trabalho-vida, que podem ser atribuídos a seus fatores históricos, sociais e econômicos.

Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal na Holanda com relação ao Brasil.

A cultura de trabalho holandesa é caracterizada pela eficiência, direcionamento e uma forte ênfase no equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. 

A Holanda é conhecida por suas curtas semanas de trabalho, feriados longos e horários de trabalho flexíveis. 

Os holandeses valorizam seu tempo livre e priorizam suas vidas pessoais sobre seus empregos. 

Este equilíbrio entre trabalho e vida pessoal se reflete nas leis trabalhistas do país, que proporcionam aos funcionários um generoso tempo de férias, licença por doença e licença paternidade. 

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Carga horária na Holanda em relação ao Brasil

Na Holanda, é comum que os funcionários trabalhem de 32 a 36 horas por semana, em comparação com a semana de trabalho padrão de 40 horas em muitos outros países.

Em contraste, a cultura de trabalho do Brasil é mais hierárquica, formal e menos flexível. Espera-se que os trabalhadores brasileiros trabalhem longas horas, sendo que algumas empresas exigem que os funcionários trabalhem até 50 horas por semana.  (Sim, eu já vivi isso no Brasil!)

A semana de trabalho normalmente dura de segunda a sexta-feira, com tempo limitado para férias e licenças pessoais. 

Ao contrário dos holandeses, os trabalhadores brasileiros priorizam seus empregos sobre suas vidas pessoais, e muitos se sentem obrigados a trabalhar horas extras para mostrar sua dedicação ao empregador.

Diferenças na comunicação

Outra diferença fundamental entre as duas culturas é a comunicação. Os holandeses são conhecidos por seu estilo de comunicação direta e disposição para expressar suas opiniões abertamente. 

Na Holanda, os funcionários são encorajados a se manifestar e dar feedback a seus colegas e gerentes. 

Este estilo de comunicação pode, às vezes ser percebido como contundente ou mesmo rude por outras culturas, mas é essencial para garantir eficiência e eficácia no local de trabalho.

Por outro lado, o estilo de comunicação brasileiro é geralmente mais formal e indireto. 

Espera-se que os funcionários mostrem respeito por seus superiores e usem títulos e saudações formais. 

Este estilo hierárquico de comunicação pode às vezes dificultar a troca de ideias e feedback, tornando mais desafiador chegar a um consenso.

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Brasil e Holanda

Pontualidade da Holanda e do Brasil

As culturas de trabalho holandesa e brasileira também diferem em sua abordagem da pontualidade. Na Holanda, ser pontual é essencial, e o atraso é visto como um sinal de desrespeito. 

Os funcionários holandeses valorizam a pontualidade e esperam que outros façam o mesmo. 

Em contraste, os brasileiros são mais relaxados com a pontualidade e muitas vezes chegam atrasados a reuniões e compromissos. 

Embora isto possa ser percebido como desrespeito em outras culturas, é uma parte aceita da cultura brasileira.

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Salários

Na Holanda, os salários são tipicamente mais altos do que no Brasil, e o custo de vida também é relativamente alto. 

O salário mínimo nos Países Baixos é atualmente de 1.1934,40  euros por mês para funcionários com 21 anos ou mais, enquanto no Brasil, o salário mínimo é atualmente de 1.302 reais por mês.

O salário médio mensal na Holanda é de 3.415 euros, enquanto no Brasil é de 2.765 reais.

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Aposentadoria no Brasil e Holanda

A cultura de trabalho holandesa também coloca uma forte ênfase no planejamento da aposentadoria. 

Os empregadores são obrigados a oferecer a seus empregados um plano de pensão, e espera-se que os empregados contribuam para seu fundo de pensão. 

O sistema de pensão holandês é considerado um dos melhores do mundo, proporcionando aos empregados uma renda de aposentadoria segura. 

Em contraste, o sistema de pensão brasileiro é menos desenvolvido e menos confiável, com muitos brasileiros contando com pensões públicas ou poupança privada para sua aposentadoria.

No Brasil, os empregadores são obrigados a contribuir com o seguro social de seus empregados, o que inclui benefícios de aposentadoria. 

A taxa de contribuição é atualmente de 20% do salário do empregado, com um teto máximo sobre o valor do salário sujeito aos impostos da previdência social. 

No entanto, o sistema previdenciário brasileiro tem enfrentado desafios significativos nos últimos anos, com um grande déficit e uma alta idade de aposentadoria.

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Em geral, enquanto os salários são mais altos na Holanda, o sistema de aposentadoria também está mais desenvolvido e seguro. 

No Brasil, o sistema de pensão é menos confiável, mas os empregadores são obrigados a contribuir com a seguridade social de seus empregados. 

É essencial que os empregados de ambos os países compreendam seus direitos e benefícios relacionados a salários e pensões para garantir que sejam adequadamente remunerados por seu trabalho e tenham uma renda de aposentadoria segura.

Aprendendo um com o outro

Em conclusão, trabalhar na Holanda vs. Brasil envolve duas culturas de trabalho diferentes que refletem os fatores históricos, sociais e econômicos dos países. 

Os holandeses priorizam o equilíbrio trabalho-vida, eficiência e comunicação direta, enquanto os brasileiros priorizam a dedicação a seus empregos, comunicação formal e estruturas hierárquicas. 

Ao compreender essas diferenças culturais, os trabalhadores de ambos os países podem se adaptar e aprender um com o outro para atingir seus objetivos de forma eficaz.